A prática de exercícios físicos ajuda o homem a manter o peso e a saúde vascular em dia

Consultas regulares ao médico e uma alimentação equilibrada são importantes tanto para os homens, quanto para as mulheres. Há, no entanto, alguns cuidados específicos que merecem atenção masculina desde cedo, para que depois não afetem a sua saúde sexual.

Alimentação rica em vitaminas e pobre em gorduras
“A alimentação voltada para a preservação da vida sexual deve priorizar uma dieta restrita em gordura e rica em vitaminas, que agem como antioxidantes e ajudam a preservar as funções metabólicas do organismo”, sugere Ricardo Miyaoka, urologista da Androfert e da Divisão de Urologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

De acordo com ele, em torno de 15% dos homens brasileiros podem ser considerados obesos. A obesidade é, hoje, uma das maiores preocupações dos especialistas, pois o risco de infertilidade é duas vezes maior nessa população.

A ocorrência de disfunção sexual, como problemas de ereção e hormonal, também é, segundo o médico, muito maior entre os que têm problemas de peso. “O aumento do índice de massa corporal está diretamente relacionado à ocorrência de disfunção erétil. E um aumenta paralelamente ao outro”, diz. A obesidade ainda eleva a resistência à insulina, podendo causar a diabetes do tipo 2.

Consultas anuais
Em geral, um cardiologista e um urologista bastam para zelar pela saúde masculina. O acompanhamento anual e ininterrupto deve começar a partir dos 40 anos. Mas ele pode – e deve – ser antecipado se houver presença de fatores genéticos ou de alguma alteração. Se algum exame específico apontar problemas, outros especialistas também devem ser procurados.

Exames periódicos
Exames que zelam pelo equilíbrio hormonal do homem devem ser priorizados para manter a saúde sexual em dia. De acordo com Miyaoka, os mais importantes são aqueles que monitoram os hormônios sexuais, como a testosterona total e livre, estradiol, hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), prolactina e os hormônios tireoidianos (TSH, T4 livre). Exames de urina e cardiovasculares (colesterol, triglicérides, eletrocardiograma) também são necessários. “Em relação a estes últimos, é recomendado acompanhamento conjunto de um cardiologista, a fim de determinar a necessidade de exames mais específicos sob demanda”, recomenda o médico.

Atividade física
Os exercícios físicos favorecem a saúde sexual porque contribuem no combate à obesidade e auxiliam na manutenção da saúde cardiovascular, “essencial para um bom desempenho sexual”, segundo Miyaoka. Além disso, sua prática regular reduz o risco de hipertensão e até de depressão.

Hábitos saudáveis
Cuidados como parar de fumar, não usar drogas e não consumir bebida alcoólica em excesso, além de cautela no uso de aparelhos emissores de radiação e calor, como telefones celulares e laptops, também são importantes para manter a saúde sexual em dia. O uso do laptop na cama, apoiado sobre o corpo, por exemplo, deve ser evitado.

Fonte: Vida e Estilo – Terra