Dr. Silval Zabaglia

Notícias e Artigos publicados por Dr. Silval Zabaglia

Complicações em Reprodução Assistida

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Os avanços conseguidos nas últimas décadas pelos serviços de reprodução assistida são responsáveis por um sucesso cada vez maior na realização do desejo dos casais inférteis de terem seus filhos. O aumento do número de ciclos de indução de ovulação para fertilização in vitro trouxe também um aumento na incidência das complicações desse tipo de tratamento. A individualização de cada caso diminui a chance de ocorrerem efeitos indesejados e aumentam as taxas de gravidez. Entre as complicações que podem acontecer, a síndrome da hiperestimulação ovariana e a gravidez ectópica são as que podem trazer maiores desconfortos para as pacientes. SÍNDROME DE HIPERESTIMULAÇÃO OVARIANA: A Síndrome de Hiperestimulação Ovariana (SHO) é uma resposta exagerada ao estímulo ovariano por meio de indutores, seja para correção da anovulação crônica ou para promover uma resposta folicular múltipla nas mulheres em tratamento para engravidar. Essa patologia costuma ser autolimitada e durar alguns dias especialmente se não houve gravidez. Pode apresentar uma evolução mais intensa, com duração mais prolongada e, em alguns casos com internação hospitalar e maiores riscos para a mulher. Essa síndrome pode se manifestar de duas maneiras: precoce quando os sintomas surgem de três a sete dias após a aplicação do hormônio da gonadotrofina coriônica (hCG), usado para o amadurecimento dos óvulos; e tardia, quando eles aparecem entre doze a dezessete dias do uso da medicação. Os fatores de risco para o desenvolvimento da SHO podem ser identificados antes do início da indução da ovulação, durante o estímulo ou após a captação dos óvulos. As pacientes jovens, com menos de trinta e cinco anos, com índice de massa corpórea baixa, presença da Síndrome dos Ovários Policísticos, mais de quinze folículos antrais e com altos níveis de hormônio anti-mulleriano apresentam risco elevado para a ocorrência da SHO. Durante a indução, se as doses de gonadotrofinas forem elevadas, aumento súbito dos níveis de estradiol e mais de vinte folículos, essa paciente está com risco elevado para desenvolver a síndrome. Após a captação oocitária, se foram recuperados muitos óvulos, utilizar a suplementação da fase lútea com hCG e a paciente engravidar, pode apresentar a SHO. As mulheres com Síndrome de Hiperstimulação Ovariana tem sintomas frequentes como dor, distensão e desconforto abdominal, náuseas, vômitos e diâmetro dos ovários bem aumentados. O quadro clínico se modifica de acordo com a piora da patologia, associando diarreia, aumento da circunferência abdominal e presença de ascite e ovários ainda maiores. As formas graves da doença precisam de internação hospitalar, pois podem apresentar alterações respiratórias, derrame pleural e pericárdico, alterações sanguíneas e renais. Quando a doença está em atividade, precisa-se de medidas de controle dos sintomas e atitudes que diminuam os riscos de complicações mais graves. A internação hospitalar é indicada nos casos graves, com controle difícil ou nas pioras clínicas mesmo com condutas iniciais instaladas. A prevenção é o melhor tratamento para essa síndrome, identificando-se aquelas com fatores de risco e elegendo alternativas de conduta que evitem os fenômenos patológicos. GESTAÇÃO ECTÓPICA: Gestação ectópica é a implantação do embrião fora da cavidade uterina. A localização da gravidez fora do útero pode ser nas trompas, o local mais comum, ovário, colo do útero, peritônio, cicatriz de cesariana e epíplon. Pode ocorrer em mais um local ao mesmo tempo e também um embrião na cavidade uterina e outro ectópico. A incidência varia de 1 a 13%, com maior risco dependendo da predisposição e presença de fatores de risco. A fertilização in vitro é um importante fator predisponente, pois os embriões serão depositados dentro do útero e estarão sujeitos as contrações ascendentes, que os empurraram na direção das trompas. No caso da fertilização...

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Especialistas em Reprodução Humana participaram de encontro hoje em São Paulo

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Especialistas em Reprodução Humana que participaram dos congressos europeu e americano se encontraram hoje em São Paulo para discutirem os tópicos mais importantes e como utiliza-los em nosso pais. Muitas dessas condutas já são utilizadas pelo Dr. Silval em sua clinica em Campinas.

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Endometriose – Considerações Gerais

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A endometriose é uma doença causada pela presença do endométrio fora da cavidade uterina. O local mais comum é a pelve, principalmente o peritônio, mas pode ser encontrada em qualquer parte do corpo. Ela é rara nas meninas no período pré e pós-menarca e nas mulheres na pós-menopausa. Dois terços das mulheres adultas com endometriose relatam o aparecimento dos seus sintomas antes dos 20 anos. Cerca de 30 % das mulheres submetidas à laparoscopia por infertilidade apresentaram a doença, e 25 a 47 % daquelas com dor pélvica crônica ou dismenorreia tinham a patologia. Após quase um século da primeira descrição dessa doença, a sua origem ainda não está totalmente esclarecida, apesar de inúmeras teorias terem sido propostas. Dentre essas teorias se destacam a menstruação retrógrada, a metastática via linfática ou hematogênica, metaplasia celômica, hormonal, iatrogênica entre outras. Estudos sugerem uma relação familiar de hereditariedade da endometriose, porém as variáveis que podem afetar a evolução da doença dificultam a elaboração de pesquisas populacionais para seu diagnóstico. A endometriose pode ser sintomática ou assintomática. Quando sintomática, apresenta-se com cólicas menstruais progressivas e de forte intensidade e dores durante a relação sexual. Esses sintomas associados à infertilidade são altamente sugestivos da doença e podem estar presentes em 40% das mulheres de casais inférteis. Quando assintomática, seu diagnóstico será após a laparoscopia. O diagnóstico da endometriose é feito pela videolaparoscopia, que permite identificar as várias formas de lesões, quantificar a extensão da doença e comprometimento de outros órgãos, biópsia para confirmação anatomopatológica e tratamento cirúrgico das mesmas. Outros exames auxiliam no diagnóstico e preparação para a videolaparoscopia, como ultrassonografia, ressonância magnética, colonoscopia e marcadores tumorais como o CA 125. Com a finalidade de uniformização dos dados e orientação cirúrgica e prognóstica da doença, surgiram algumas classificações. A classificação da Sociedade Norte Americana de Reprodução Humana é a mais utilizada e que pode ser resumida em estádio 1(mínimo), estádio 2(leve), estádio 3(moderado) e estádio 4(grave).  A endometriose mínima e a leve estão associadas a processos inflamatórios peritoneais, os quais podem prejudicar a função das trompas, ovários e endométrio, levando a diminuição das chances de gravidez. O processo aderencial provocado pela endometriose mais avançada (moderada) e a endometriose ovariana (grave) são alterações que podem provocar a infertilidade. O tratamento da endometriose tem como objetivo impedir a progressão da doença, aliviar os sintomas e conseguir a gravidez. Ele deverá ser feito por uma equipe multidisciplinar e com profissionais qualificados. Dr. Silval Zabaglia CRM 69.469 Ginecologista  ...

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Dr. Silval Zabaglia realiza scratching endometrial nas pacientes com falhas repetidas de implantação.

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Recentemente o Dr. Silval participou do Congresso da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva em Boston, onde foram discutidas as causas das falhas de implantação repetidas nos tratamentos de fertilização in vitro e as estratégias para resolvê-las. Uma das propostas foi a realização do “scratching endometrial”, que é a promoção de uma lesão discreta no endométrio no ciclo que antecede a indução da ovulação. Este procedimento está embasado na literatura médica por uma metanalise realizada por Potdas e colaboradores na Universidade de Leicester, Inglaterra. O scratching endometrial está sendo realizado pelo Dr. Silval para as pacientesque tiveram pelo menos duas falhas de implantação em ciclos...

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Dr. Silval Zabaglia participando do Congresso da IFFS/ASRM sobre endometriose e infertilidade.

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A plenária de hoje no Congresso da IFFS/ARSM tratou de um assunto muito importante nos dias de hoje: a preservação da fertilidade nas pacientes com neoplasia maligna. Essas mulheres precisam de uma atenção especial de todos os profissionais, inclusive com relação ao seu futuro como...

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Dr. Silval Zabaglia participa do SOGESP Campinas – 2013

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A IX Jornada de Obstetrícia e Ginecologia de Campinas e Região e IX Encontro dos Ex-Residentes de Ostetrícia e Ginecologia de Campinas – SOGESP Regional Campinas, realizada em maio de 2013 teve várias palestras muito interessantes sobre os temas atuais da especialidade. Um desses temas foi a Endometriose, debatida por especialistas e com aproveitamento total de todos os participantes. Participei com palestrante do tema: Qual o melhor tratamento na endometriose profunda e infertilidade?, discutindo com os outros debatedores sobre como agir nas pacientes portadoras de endometriose profunda, que não foram tratadas ainda e não conseguem...

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