Parto Normal: Boa opção para a Mãe e o Bebê

Postado em Dr. Julio Voget, Notícias

Apesar de muitas grávidas preferirem escolher a data do nascimento dos filhotes através da cesariana, especialistas ainda aconselham as futuras mamães a optar pelo parto normal.

A recomendação se apoia em estatísticas. “O número de partos vaginais sem complicações é superior ao número de cesarianas”, afirma o obstetra Julio Voget, da Clínica Vitale.

Um dos fatores que influencia na decisão das gestantes é o famoso trabalho de parto, que pode chegar a até 18 horas. Porém, é aconselhável conhecer os benefícios da maneira mais natural para ter o bebê e conversar com o médico de confiança antes de optar pela cesariana.

“Uma vantagem do parto vaginal é a rápida recuperação e possibilidade da paciente voltar às atividades rotineiras e atender seu filho recém nascido com mais tranquilidade e menos desconforto. Principalmente na primeira semana de recuperação”, aponta o especialista.

Para que um parto normal seja bem sucedido, a preparação psicológica dos pais é fundamental. Fazer um bom pré-natal e buscar informações sobre a hora do nascimento da criança ajuda a diminuir a ansiedade e preocupações, como explica Julio. “Quanto mais preparados estiverem, mais fácil será entender o que está acontecendo, o que fazer durante o parto e como podem ajudar para que o parto seja mais rápido.”

A posição da mulher na hora do nascimento do bebê também interfere na qualidade do parto. Segundo o médico, o melhor é que ela esteja de cócoras, para que a sensação de dor durante o último estágio seja reduzida. Já existem inclusive hospitais com camas especiais para que a futura mamãe fique na posição correta.

Sinais
Uma das grandes dúvidas dos pais de primeira viagem é saber o momento em que a grávida entra em trabalho de parto. É comum que ela tenha dores parecidas com cólicas ou pressão na barriga, que podem começar nas costas ou abdômen.

Isso porque, nas últimas semanas da gravidez o útero se contrai para se preparar para o momento do parto. “Podem acontecer contrações, consideradas normais, a cada 12 minutos nesta etapa”, diz o obstetra.

No entanto, o casal deve ficar alerta quando o intervalo entre as contrações diminuir para nove ou 10 minutos e houver perda de líquido (pode ter “estourado a bolsa”).

Caso a futura mãe não tenha perdido líquido e já sente contrações, vale fazer um teste simples: deitar do lado esquerdo e ficar em repouso durante 30 minutos. Se as contrações diminuem em frequência e intensidade, existe grande chance de ser alarme falso. Agora, se elas continuam e ficam ainda mais frequentes, é sinal do início do trabalho de parto, alerta Julio. “Duas contrações em dez minutos, regulares e de igual intensidade são suficientes para que comece a dilatação. Neste momento é melhor consultar o seu hospital ou médico de referência.”

Contra indicações
Quando existem fatores de risco durante a gravidez, nem sempre o parto normal é a melhor opção. As contra indicações absolutas são: macrossomia fetal (peso igual ou maior a 4.500 gr), má formações congênitas da pelve ou por sequelas de acidentes, sofrimento fetal agudo detectado durante o controle do trabalho de parto (batimento cardíaco fetal abaixo de 100x minuto).

“O parto também é contra indicado em pacientes com câncer de colo uterino, doenças transmissíveis para o bebê durante a passagem pelo canal do parto, urgências como a saída do cordão antes da saída da cabeça do bebê e a posição transversa do bebê dentro do útero, ou outras situações patológicas (hipertensão, doença cardíaca fetal ou materna, etc.)”, lembra Julio.

Em certas situações, o parto não é totalmente contra indicado, porém o médico sugere a cesariana para diminuir riscos durante o nascimento, tanto para o recém- nascido quanto para a nova mamãe, como a apresentação pélvica (quando o bebê está sentado).

No geral, quando a gestante é saudável e tem bom acompanhamento familiar e profissional, o parto ocorre de forma mais tranquila. Inclusive para quem passou por fertilização artificial. “Gestantes que engravidaram por fertilização in vitro, e sem nenhuma doença associada à gravidez, percorrem uma gravidez considerada normal e não precisam de cuidados diferentes nem de uma via específica para o nascimento do bebê”, finaliza o obstetra.

Por Priscilla Nery
Fonte: Villa Mulher – Terra

 

Dr. Júlio Voget - CRM 133.524

Formado em Medicina na Universidade Católica de Córdoba, Argentina no ano 2000. Diploma de Médico revalidado pela Universidade Federal Fluminense, Brasil. Entre 2002 e 2006 realizou residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Italiano de Buenos Aires, Argentina. Durante a mesma iniciou sua experiência na área de reprodução humana realizando um Internship in Reproductive Endocrinology and Infertility no University Hospitals of Cleveland – EUA – 2005. Em 2005 realizou o curso de Pós Graduação em infertilidade “Programa de Actualización en Medicina Reproductiva” no Cegyr (Centro de Estudios en Ginecología y Reproducción – Bs.As.- Argentina) e Universidade Nacional de Buenos Aires, Argentina. Em 2006 obteve o título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Buenos Aires (SOGIBA), o Ministério de Saúde da República Argentina, a Academia Nacional de Medicina (Argentina). E pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO-TEGO Nº 0161/2010) Em 2007 fez estágio em Reprodução Humana no Centro de Fertilização Assistida – Fertility – São Paulo – Brasil. Nos anos 2008 e 2009 – Especialização em Reprodução Humana e Endoscopia Ginecológica no Centro de Reprodução Humana de Campinas – São Paulo – Brasil. Em 2009 visitou pela primeira vez ao Dr. John Zhang, criador da técnica de Mini-FIV® e Diretor da New Hope Fertility Center New York, onde o Dr. Julio Voget realizou seu treinamento em protocolos minimamente invasivos, Mini-FIV® e FIV em Ciclo Natural. Autor em colaboração do primeiro livro de estimulação mínima e FIV em ciclos naturais: “Textbook of Minimal Stimulation IVF -‘Milder, Mildest or Back to Nature” – Capítulo: “Natural cycle and Endometrial preparation Protocols for Frozen-thawed Embryo Transfer”. Revisor do The Journal of Obstetrics and Gynecology of India, e palestrate em congressos internacionais na área de reprodução assistida. É membro da International Society of Mild Approaches in Assisted Reproduction www.ismaar.org, da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida www.sbra.com.br, e da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia www.febrasgo.org.br Formou parte do Corpo Clínico do Centro de Reprodução Humana de Campinas desde 2008 a 2012. Desde 2012 atua como Médico do corpo clínico da clínica de reprodução humana Medicina Reprodutiva Campinas, e como Médico associado da ANDROFERT – Centro de Referência para Reprodução Masculina.